segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A Árvore dos meus AMIGOS

    Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso caminho. Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro. A todas elas chamamos de amigos.    
    Há muitos tipos de amigos. Talvez cada folha de uma árvore caracterize um deles. O primeiro que nasce do broto é o amigo pai e mãe. Mostram o que é ter vida. Depois vem o amigo irmão, com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça como nós. 
      Passamos a conhecer toda a família de folhas, a qual respeitamos e desejamos o bem. Mas o destino nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iam cruzar o nosso caminho.    
       Muitos desses denominados amigos do peito, do coração. São sinceros, são verdadeiros e nos trazem muitas alegrias. Mas também há aqueles amigos por um tempo, talvez umas férias ou mesmo um dia ou uma hora. Esses costumam colocar muitos sorrisos na nossa face, durante o tempo que estamos pertos. Falando em perto, não podemos esquecer dos amigos distantes. Aqueles que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento sopra, sempre aparecem novamente entre uma folha e outra. O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas de nossas folhas.  
      Algumas nascem num outro verão e outras permanecem por muitas estações. Mas o que nos deixa mais feliz é que os que caíram continuam por perto, continuam alimentando a nossa raiz com alegria através das lembranças de momentos maravilhosos enquanto cruzavam o nosso caminho. Desejo a você, folha de, minha árvore. Paz, Amor, Saúde, Sucesso, Prosperidade. Hoje e sempre . . .
     Simplesmente por que: Cada pessoa que passa em nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso.

Posatado pela biblioteca Muncipal de Palmitinho-RS

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

SONHE ISSO FAZ A DIFERENÇA

CADA SER HUMANO É DO TAMNAHO DE SEU SONHOS

Um dia uma criança chegou diante de um pensador e perguntou-lhe:”Que tamanho tem o universo?”Acariciando a cabeça da criança,ele olhou para o infinito e respondeu:”O universo tem o tamanho do seu mundo.”Perturbada,ela novamente indagou:”Que tamanho tem meu mundo?”O pensador respondeu:”Tem o tamanho dos seus sonhos.”Se seus sonhos são pequenos,sua visão será pequena,suas metas serão limitadas,seus alvos serão diminutos,sua estrada será estreita,sua capacidade de suportar as tormentas será frágil.Os sonhos regam a existência com sentido.Se seus sonhos são frágeis,sua comida não terá sabor,suas primaveras não terão flores,suas manhãs não terão orvalho,sua emoção não terá romances.A presença dos sonhos transforma os miseráveis em reis,faz dos idosos,jovens,e a ausência deles transforma milionários em mendigos faz dos jovens idosos.Os sonhos trazem saúde para a emoção, equipam o frágil para ser autor da sua história,fazem os tímidos terem golpes de ousadia e os derrotados serem construtores de oportunidades.Sonhe!"
Augusto Cury

Postado pela Biblioteca Pública Municipal de Palmitinho

O VALOR DE SER EDUCADOR

A grande missão...

Ser transmissor de verdades,
De inverdades...
Ser cultivador de
amor,
De
amizades.

Ser convicto de acertos,
De erros.
Ser construtor de seres,
De
vidas.
Ser edificador.
Movido por impulsos, por razão, por
emoção.
De sentimentos profundos,
Que carrega no peito o orgulho de educar.
Que armazena o conhecer,
Que guarda no coração, o pesar
De valores essenciais
Para a felicidade dos “seus”.
Ser conquistador de almas.
Ser lutador,
Que enfrenta agruras,
Mas prossegue, vai adiante realizando sonhos,
Buscando se auto-realizar,
Atingir sua plenitude humana.
Possuidor de potencialidades.
Da fraqueza, sempre surge a força
Fazendo-o guerreiro.
Ser de incalculável sabedoria,
Pois “o valor da sabedoria é melhor que o de rubis”.
É...
Esse é o valor de ser educador.
Fonte de Maria Darismar Duarte Henes Cortes

Postado pela Biblioteca Pública Municipal de Palmitinho

Para daramatizar...

Criança Feliz

Turma Do Re Mi

Criança feliz,
feliz a cantar
Alegre a embalar
seu sonho infantil
Oh! meu bom Jesus,
que a todos conduz
Olhai as crianças
Do nosso Brasil
Crianças com alegria
Qual um bando de andorinhas
Viram jesus que dizia
Vinde a mim as criancinhas
Hoje no céu um aceno
Os anjos dizem amém
Porque jesus nazareno
Foi criancinha também



Postado pela Biblioteca Pública Municipal
Fonte Terra.com

Modelo de Relatório de Avaliação Individual e da Turma

Modelo de Relatório de Avaliação Individual e da Turma

     Foram escritos a partir do desempenho de alunos de 03 anos, porém, servem para que o professor observe traços característicos importantes que devem constar em um relatório.
     O relatório não deve ser atitudinal. Sempre que fizer uma observação negativa, o professor deve fazê-la procurando a melhor forma de expressar-se, sem rotular o aluno ou dar-lhe um título negativo ou mesmo afirmando uma realidade imutável, como se para aquele aluno não houvesse solução. Procurar colocar as palavras de forma a deixar evidente que o aluno está enfrentando dificuldades, porém algumas ou várias atitudes vêm sendo tomadas pela equipe pedagógica ou pelo professor, em sala de aula, no sentido de auxiliá-lo a superar suas dificuldades.
      É importante evitar rótulos ou a utilização de adjetivos pejorativos ao avaliar.




Relatório da Turma

De modo geral, a turma é muito entrosada. Ajudam-se uns aos outros, opinam nas tarefas uns dos outros e gostam de realizar as atividades em grupo, encontrando algumas dificuldades apenas no que diz respeito a divisão ou uso comum de materiais e brinquedos. Saindo de uma fase egocêntrica, iniciam a formação de hábitos de partilha e internalização de regras de convivência social. A linguagem está em desenvolvimento e a maior parte dos alunos ainda aprensenta um falar bastante infantilizado, com a difícil articulação de algumas palavras e ocorrência de troca de fonemas, o que não é incentivado. Exercícios como recontar histórias ou cantar músicas, contar em voz alta e dialogar tem sido realizados. Bastante participativos, todos já realizam as tarefas rotineiras, à exceção de João e Mário, que ainda estão num processo de adaptação ao meio, aos outros e acostumando-se a seguir regras preestabelecidas. Alguns já identificam as cores primárias e contam oralmente até cinco. De modo geral, todo o grupo gosta de ouvir e recontar histórias, passando com facilidade a imitar as personagens, através do jogo simbólico. Todos são bastante ativos e enérgicos, o que também é típico da faixa etária, à exceção de Amanda, que tem sido incentivada a interagir mais com o grupo. As atividades e jogos lúdicos têm sido de vital importância para melhorar a adaptação e socialização. Os momentos de dramatização, canto e reconto também, assim como a utilização de brinquedos ao ar livre.
Postado pela Biblioteca Pública Municipal
Fonte blog Mundinho da Criança

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A VIDA DEVE SER VIVIDA COM MOMENTOS DE EMOÇÃO!


HÁ MOMENTOS 

E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.


A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.
Postado pela Biblioteca Municipal Erni de Fátima Gzolla

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Mensagem " Ser Criança é..."

"Ser criança é acreditar que tudo é possível.É ser inesquecivelmente feliz com muito pouco
É se tornar gigante diante de gigantescos pequenos obstáculos


Ser criança é fazer amigos antes mesmo de saber o nome deles.
É conseguir perdoar muito mais fácil do que brigar.
Ser criança é ter o dia mais feliz da vida, todos os dias.
Ser criança é o que a gente nunca deveria deixar de ser."


(Gilberto dos Reis)
Fonte Blog Mundinho da Criança
Postado pela Biblioteca Publica Muncipal de Palmitinho

9 Receita de massinha de modelar







Ingredientes:

• 2 xícaras de farinha de trigo;• meia xícara de sal;
• 1 xícara de água;

• 1 colher de óleo;

A própria criança poderá fazê-la. Basta juntar todos os ingredientes e amassá-los. Se quiser colorí-la, acrescentar tinta guache da cor desejada. ( a quantidade de tinta fica de acordo com a tonalidade desejada, vá dosando até chegar a cor ideal...)

ESTA BRINCADEIRA ESTIMULA
:

• Criatividade;
• Motricidade,
• Controle da força muscular,
• Aquisição de conceitos: constância da massa, causa e efeito,
• Atenção, concentração...


Fonte Municdinho da Criança
Postado pela Biblioteca Municipal de Palmitinho

Intencionalmente ou não, nós adultos realizamos uma ação educadora no tempo de hoje para uma realidade futura: o amanhã.

Um tempo novo sobre o qual pouco sabemos, mas que seguramente será bem diferente de nosso tempo atual.

Grandes grupos de pessoas cumprem hoje esse papel: os pais, os professores, os familiares da criança, o âmbito social que o envolve, os meios de comunicação e, na verdade, tudo aquilo que rodeia a criança e pode exercer sobre ela uma influência.

Devemos pensar sobre educação desde que a criança nasce. Temos que ser seletivos e escolher para educar, aquilo que realmente é verdadeiro para nós; escolher porque o consideramos bom e bem fundamentado, vislumbrando o futuro que cada ensinamento daqueles encerra.

Desenvolvemos então uma forma de ensinar que poderíamos chamar de mútua, uma vez que aprendemos uns com os outros, assim como também aprendemos com nossos filhos.

Esse é o motivo de nosso trabalho: sermos cada vez mais conscientes hoje, na formação do homem de amanhã.

“A grandeza espiritual só se alcança transpondo o portal da humildade”.
Rudolf Steiner
Seja muito bem vindo a este espaço!


Fonrte mundinho da criança
Postado pela Biblioteca Municipal de Palmitinho

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Pousada No Fim Do Rio - Nora Roberts

"Olivia MacBride e os seus pais eram a típica família de sonho de Hollywood, não lhes faltando fama, fortuna e amor. Até à noite em que Olivia, de quatro anos, acorda e encontra a mãe brutalmente assassinada aos pés do pai. Nesse momento, a vida de Olivia mudará para sempre.

Acolhida pelos avós num recanto resguardado pela Natureza, Olivia aprende a enterrar bem fundo o passado. Determinada a proteger-se de memórias dolorosas, cresce limitando a sua vida às florestas verdejantes e à Pousada do Fim do Rio. Mas quando aparece Noah Brady, a jovem terá de se esforçar muito para resistir à atracção que sente por ele.

Infelizmente, o futuro é caprichoso e Noah trai a confiança de Olivia. Apesar de ele nunca desistir de a ajudar a lidar com os traumas do passado, poderá a jovem voltar a confiar em Noah? Mais: o pai de Olivia é liberto da prisão e parece que há segredos terríveis a descobrir sobre aquela fatídica noite."

É impossível vocês alguma vez me ouvirem dizer que não gostei de um livro de Nora Roberts. Existe sempre a possibilidade de eu gostar mais ou menos de um ou de outro, mas será para mim sempre uma das melhores autoras no mercado. Já houve quem me dissesse que este tinha sido o livro que menos tinha gostado. Mas eu não vou por aí. Houveram outros que gostei menos. Mas e voltando à Pousada, acho que pecou pela falta de originalidade e de suspense, não?

Eu estava a ler o livro e só via na minha cabeça o Recife, e para aqueles que vão seguindo o blogue, sabem que na altura também o tinha achado muito parecido ao Jogo de Mãos. Por isso, consigo ver aqui uma linha repetitiva, nomeadamente a história do casal protagonista. Senão vejamos: conhecem-se em miúdos (no Recife esta parte não acontece), apaixonam-se em jovens, são traídos em jovens, reencontram-se em adultos, é tudo perdoado e depois de muita hesitação vivem felizes para sempre.

Ok, pronto há pormenores num e noutro livro que mudam, mas o essencial está lá. E depois, digamos que não houve muito mistério quanto ao verdadeiro criminoso. Não estando expressamente anunciado, acho que estava bonito de se ver quem e onde a história levaria. Eu confesso, muitas vezes vou ler o final, mas eu sou uma pessoa das matemáticas: sei o ponto A e o ponto B, gosto de descobrir a linha que as une (quanto mais contorcida, melhor). Mas só o faço quando começo a desconfiar. E foi o que aconteceu neste caso. Personagens demasiado certinhas, e ao mesmo tempo com muitos lapsos na personalidade e na sua vida, levam sempre a desconfianças. Portanto, quando tive a certeza da identidade do verdadeiro assassino, não fiquei surpreendida.

Acho que quando se lêem muitos livros, às tantas, se não forem bem escritos, eles começam a parecer todos iguais, certo? Acho que é por aí que pego para enunciar os pontos fracos deste livro. Agora uma coisa é certa, se nunca experimentaste a autora, este poderá ser um bom livro por onde começar. Não tens a cabeça pré-influenciada por antigas leituras. Tenho quase a certeza que se não conhecesse os outros livros, teria aproveitado este muito melhor.

Ainda assim, é um livro muito rico de personagens e em termos de cenário. Quanto a isto nunca poderá haver desilusão. Muitas personagens diferentes e coloridas. Um cenário misterioso, oposto do cenário secundário hollywoodesco que nos é dado a conhecer nas primeiras páginas. Vivendo eu perto de uma mata, que não é floresta e está muito longe da mostra de animais e outros espécimes falados no livro, ainda assim, reconheço que seria um lugar onde me daria bem.

Não posso falar de todas as personagens do livro, são demasiadas, mas não queria deixar passar os avós de Olivia e os pais de Noah despercebidos. A própria personagem da mãe de Olivia, que morre nas primeiras páginas, ou melhor já está morta quando abrimos o livro, tem um grande peso e influência ao longo do livro - uma presença indiscutível. A investigação da sua morte dá-nos a conhecer esta mulher internacionalmente conhecida, mas ao mesmo tempo, simples.

Noah é a personagem que vira e revira, lol. Não que as suas intenções sejam más, mas não sabe como fazê-las. E acaba por magoar uma das pessoas de quem mais virá a gostar. Homens destes existem por aí, aos pontapés. De boas intenções está o inferno cheio. Bem, mas é a verdade, e não podemos simplesmente não gostar de Noah. Só precisou de um pouco mais de tempo para crescer, para amadurecer. Se não pelo resto, pelo menos temos de o adorar pela sua persistência, paciência e instinto protector, não? Eu pelo menos sim.

Olivia, uma menina marcada muito cedo pela tragédia, refugia-se do mundo e dos olhares indiscretos, mas não consegue proteger o coração de Noah. Depois de se sentir ameaçada pelo pai, de se sentir traída por alguém de quem gosta muito, não resta muito para aquecer o seu coração no que toca ao amor. O único que está disposta a dispender é para a família que conhece e o sonho que persegue. Uma personagem complexa que mistura inocência e coragem. Vocês vão gostar. Ah sim, também é um pouco teimosa e obstinada que faz a vida de Noah num pequeno inferno, mas se as coisas fossem fáceis, não tinha piada.

AO LER O LIVRO FAÇA SUA ANÁLISE...BOA LEITURA!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Linda Música

Quem quiser saber quem sou
Olha para o céu azul
E grita junto comigo
Viva o Rio Grande do Sul
O lenço me identifica
Qual a minha procedência
Da província de São Pedro
Padroeiro da querência
Oh, meu Rio Grande
De encantos mil
Disposto a tudo
Pelo Brasil
Querência amada dos parreirais
Da uva vem o vinho
Do povo vem o carinho
Bondade nunca é demais
Berço de Flores da Cunha
E de Borges de Medeiros
Terra de Getúlio Vargas
Presidente brasileiro
Eu sou da mesma vertente
Que Deus saúde me mande
Que eu possa ver muitos anos
O céu azul do Rio Grande
Te quero tanto
Torrão gaúcho
Morrer por ti me dou o luxo
Querência amada
Planície e serra
Dos braços que me puxa
Da linda mulher gaúcha
Beleza da minha terra
Meu coração é pequeno
Porque Deus me fez assim
O Rio Grande é bem maior
Mas cabe dentro de mim
Sou da geração mais nova
Poeta bem macho e guapo
Nas minhas veias escorre
O sangue herói de farrapo
Deus é gaúcho
Da espora e mango
Foi maragato ou foi chimango
Querência amada
Meu céu de anil
Este Rio Grande gigante
Mais uma estrela brilhante
Na bandeira do Brasil
FPessoa_nome.jpg (11511 bytes)
TABACARIA
(15-1-1928)
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa,
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!

Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora génios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.

(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folhas de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)

Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, sem rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.

(Tu, que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -,
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)

Vivi, estudei, amei, e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente.

Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-te como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo, Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.

Mas o dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o desconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, e eu deixarei versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, e os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.

Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.

Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.

(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.

O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o: é o Esteves sem metafísica.
(O dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o dono da Tabacaria sorriu.


UMA SUPER DICA

Livro: Água para Elefantes é muito mais do que um simples romance

A história leva o leitor às contradições da aparente alegria de um circo e mostra aquilo que os espectadores nunca esperariam saber.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Poema de Olavo Bilac


Bandeira do Brasil, criação fotográfica de Culiculicz.




A PÁTRIA

Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!

Criança! não verás nenhum país como este!

Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!

A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,

É um seio de mãe a transbordar carinhos.

Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos,

Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!

Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!

Vê que grande extensão de matas, onde impera

Fecunda e luminosa, a eterna primavera!

Boa terra! jamais negou a quem trabalha

O pão que mata a fome, o teto que agasalha…

Quem com seu suor a fecunda e umedece,

Vê pago o sue esforço, e é feliz, e enriquece!

Criança! não verás país nenhum como este:

Imita na grandeza a terra em que nasceste!


Olavo Bilac


Uma grande sugestão para você trabalhar com seus alunos,poema lindo e inspirador,trabalhando também a bandeira de uma forma diferente e tudo que enriquece a literatura,confira e faça bom uso de nossas sugestões.

                                                     Professoras:Rubia e Elsa

Viva a nossa Pátria - 7 de Setembro

PÁTRIA
 
 

Sete de Setembro

Esplende o sol... O Ypiranga desliza
E nele se reflete o azul sereno,
Lindo..., A desdobrar-se ameno,
De luz e beleza se matiza.

Independência ou Morte! Concretiza.
O brado augusto, vivo como um treno,
O gesto nobre, o decantado aceno,
Do Monarca que ali se sublima...

E o grito vibra além... Há manifestas
Expressões as mais justas,
Um delírio de usos e festas.

E a grande terra, erguida na História,
Aureolada de estrelas refulgentes,
Sente envolvê-la a sagração da glória. 
Fonte:
Francisca Clotilde, Revista A Estrella


 Vamos comemorar....7 DE SETEMBRO É PÁTRIA
  Postada pela professora:Rubia Formentini

Aprender a dançar ajuda na disciplina, coordenação e bem estar da criança


 O homem usa o próprio corpo de modo a ocupar o espaço e interagir com o outro desde que o mundo é mundo. No início, seguiu o instinto; aos poucos, descobriu o prazer; e há séculos aproveita técnicas e estilos especialmente desenvolvidos pela dança para explorar a riqueza de possibilidades inerente ao corpo humano. Porque dançar é muito mais do que movimentar braços e pernas sob o estímulo de um ritmo. "A dança permite conhecer o próprio corpo e, com isso, ampliar a capacidade de se expressar e de se comunicar do indivíduo, criando a autoestima que vai servir de base por toda a sua vida", realça Carmen Orofino, professora de dança no Atelier-Escola Viva, de São Paulo.

O simples ato de andar já é poderoso o suficiente para servir de alimento ao cérebro e, de tabela, contribuir para a nossa saúde. A dança? "Seus movimentos são mais refinados, o que determina a qualidade de alimentação que proporciona ao nosso corpo", garante o coreógrafo Ivaldo Bertazzo, há mais de 35 anos trabalhando com dança. A conclusão é uma só: quanto mais cedo uma criança aprende a dançar, mais possibilidades ela tem de tornar seu corpo "inteligente".

Dançar também ajuda a desenvolver emocionalmente quem tem pouca idade, combatendo inseguranças e estimulando a partilhar experiências com o grupo a que pertence. Crianças podem se exercitar em Dança desde os primeiros anos da Educação Infantil - e assim aprimorar habilidades motoras fundamentais para a evolução. Com a ajuda dos especialistas Carmen Orofino e Ivaldo Bertazzo, destacamos os principais benefícios da atividade.

Fonte:Educar e crescer

Postada pela colaboradora :Rubia Formentini

DIA DA BÍBLIA




A Minha Bíblia
(Tânia Carla)

Palavra de Deus ela é,
Inspirada pelo Espírito Santo.
A verdade sacrossanta vai levando
Aos homens de todos os cantos.

É maravilhoso ler a Bíblia
Pelas palavras que ela nos traz:
Conforto, consolo, reconhecimento de pecados,
Salvação em Cristo Jesus, a todos é eficaz.


A mensagem da Bíblia em todas é igual,
Apesar das traduções diferentes,
Mas quando leio na minha Bíblia,
Para mim ela se torna mais eloqüente.

Oh! Quanto amo a MINHA BÍBLIA!
Nela, o que procuro encontro com facilidade.
Quando em outras vou ler ou estudar,
Até achar o que quero, passo por dificuldades.


Por que será que isso assim acontece?
Ah! Já sei, toda marcadinha ela está,
Facilitando-me dessa forma,
O que desejo e preciso encontrar.

Creio que para todos os crentes,
Aqueles que suas Bíblias amam,
O mesmo segredo ocorre, pois
Nelas suas almas se derramam.

Obrigada, Senhor, pela MINHA BÍBLIA,
De fato, somente nela eu sei ler.
As tuas palavras ali contidas,
Preenchem de gozo e alegria todo o meu ser!


Postado pela Professora Elsa de Borba Candaten
Fonte- Velhos Amigos



23 de Setembro -PRIMAVERA

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A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.


Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366

Postado pela colaboradora:Rubia Formentini

SETEMBRO MÊS DA BIBLÍA-NÃO DEIXE DE LER ESSE GRANDIOSO LIVRO SAGRADO

O VALOR DA BIBLIA

Há muitos anos, existiu um homem muito rico que no dia do seu aniversário convocou a criadagem a sua sala para receberem presentes.
Colocou-os a sua frente na seguinte ordem: cocheiro, jardineiro, cozinheira, arrumadeira e o pequeno mensageiro. Em seguida, dirigindo-se a eles, explicou o motivo de os haver chamado até ali e, por fim, fez-lhes uma pergunta, esperando de cada um a sua própria resposta. Essa foi a pergunta feita:
- O que prefere você receber agora: esta Bíblia ou este valor em dinheiro?
- Eu gostaria de receber a Bíblia - Respondeu, pela ordem, o cocheiro - Mas, como não aprendi a ler, o dinheiro me será bastante mais útil!

Recebeu então a nota, de valor elevado na época, e agradeceu ao patrão. Esse pediu-lhe que permanecesse em seu lugar.

Era a vez do jardineiro fazer a sua escolha e, escolhendo bem as palavras, falou:
- Minha mulher está adoentada, e por esta razão tenho necessidade do dinheiro; em outra circunstância escolheria, sem dúvida, a Bíblia.
Como aconteceu com o primeiro, ele também permaneceu na sala após receber o valor das mãos do patrão. Agora, pela ordem, falaria a cozinheira, que teve tempo de elaborar bem a sua resposta:
- Eu sei ler, porém, nunca encontro tempo para sequer folhear uma revista; portanto, aceito o dinheiro para comprar um vestido novo.
- Eu já possuo uma Bíblia e não preciso de outra; assim, prefiro o dinheiro. Informou a arrumadeira, em poucas palavras.
Finalmente, chegou a vez do menino de recados. Sabendo-o bastante necessitado, o patrão adiantou-se em dizer-lhe:
- Certamente você também irá preferir dinheiro, para comprar uma nova sandália, não é isso, meu rapaz?
- Muito obrigado pela sugestão. De fato estou precisando muito de um calçado novo, mas vou preferir a Bíblia. Minha mãe  me ensinou que a Palavra de Deus é mais desejável do que o ouro. Disse o pequeno mensageiro.
Ao receber o bonito volume, o menino feliz o abriu e nisso caiu aos seus pés uma moeda de ouro. Virando outras paginas, foi deparando com outros valores em notas. Vendo isso, os outros criados perceberam o seu erro e envergonhados deixaram o recinto.
A sós com o menino, disse-lhe comovido o patrão: "Que Deus o abençoe, meu filho, e também a sua mãe, que tão bem o ensinou a valorizar a Palavra de Deus."
Pense agora: "O que pode ser mais valioso do que a palavra de Deus ?"
Tudo aquilo que nós precisamos, Deus tem e deseja que tenhamos.
A nós, basta  aceitar o que Ele nos oferece.

Postada pela colaboradora:Rubia Formentini


POESIA

Mulher Gaúcha

Os velhos clarins de guerra
desempoeirando as gargantas
quero-querearam no pago.
E o patrão coronelado,
reuniu em torno parentes,
posteiros, peões e agregados.
Chegara um próprio do povo
trazendo urgente recado
que se ia pelear de novo
e o coronel, satisfeito,
dizia, fazendo graça:
"vamos ver, moçada guapa,
quem honra a estirpe farrapa
e atropela numa carga
por um trago de cachaça...Os velhos clarins de guerra
desempoeirando as gargantas


Um filho saiu tenente,
o mais velho - capitão,
um tio ficou de major.
(o pobre que passa o pior,
a oficial não chega, não:
o capataz foi sargento,
um sota ficou de cabo
e a peonada, e os posteiros,
ficaram soldados rasos
pra pelear de pé no chão...)

Carneou-se um munício farto
- vindo de estâncias vizinhas -
houve rações de farinha,
queijo, salame e bolacha,
se santinguando em cachaça
a sede dos borrachões.

E a não ser saudade e mágoa
nada ficou pra trás
a garganta dos peçuelos
misturava pesadelos
sanguessugando, voraz,
cartuchos e caramelos,
o talabarte e o pala,
bolacha e pente de bala,
fumo e chumbo - guerra e paz...
No humilde rancho de um posto,
um moço encilhou cavalo
beijou a prenda e se foi.
Na madrugada campeira
luzia a estrela boieira
sinuelando o arrebol
e as barras de um dia novo
glorificavam o horizonte
lavando a noite defronte
com tintas de sangue e sol.

E durante largo tempo
ficou a moça na porta
olhando a estrada, a chorar,
sem saber porque o marido
tem que partir e lutar,
não entendia de guerra!
Pobre só votam em quem mandam
e desconhece outra coisa
que não seja trabalhar.

Então a moça franzina
tomou uma decisão!
Esqueceu delicadezas,
ternuras de quase -noiva
e atou os cabelos negros
debaixo de um chapelão
e se atirou no trabalho,
cuidando da casa e campo,
do gado e da plantação.

Emagreceu e tostou-se
e enrijeceu como o aço!
Temperando-se na luta
madurou-se como a fruta
que é torcida no baraço.

Montou e recorreu campo,
botou vaca, tirou leite
e arrastou água da sanga.
Fez do tempo a sua canga
no lento girar do dia
e quando as vezes parava
comovida, acariciava
o ventre, que pouco a pouco
se arredondava e crescia.

Só a noite, quando cansada
fechava o rancho e dormia
seu homem lhe aparecia:
ora voltava da guerra,
ora peleava - e morria!...
Que triste o rancho vazio
nas longas noites de frio
ou nas tardes de garoa!
Que medo de ir a estância!
(e ao mesmo tempo, que ânsia
de saber notícia boa!)
Vizinha perdera o filho.
pra outra, fora o marido.
E um dos que tinham, morrido,
um moço, que era tropeiro,
quando feito prisioneiro
tinha sido degolado
sem nenhuma compaixão.
E até um filho do patrão
se ensartara numa lança
em meio a uma contradança
de berro, tiro e facão.

E o fulano? Que fulano?
Aquele, que era posteiro!
Moço guapo! No entrevero
é como um raio a cavalo.

Trezontonte levou um pealo
mas é sujeito de potra:
já está pronto pra outra,
sempre disposto e faceiro.

E a moça voltava ao rancho,
tão moça ainda, e tão só!
E quando fitava a estrada,
só via o vazio do nada,
o nada o silêncio e o pó.

Não sabe quem vem primeiro,
se vem o pai, ou o filho.
E os seus olhos, novo brilho
roubaram de dois luzeiros.

Cada noite, cada aurora,
vai encontrá-la a pensar:
quando o marido voltar,
de novo estará bonita
- novo vestido de chita
e novo brilho no olhar.
E quando o filho chegar,
quantas cargas de carinho
carretearão os seus dedos!
Quantos e quantos segredos
sussurrarão, bem baixinho!
E para ele, os passarinho
cantarão nos arvoredos...

Qual deles chega primeiro?

E se um deles não chegar...?

Mas a guerra segue além,
o filho ainda não vem
e ela a esperar e a esperar!...

Bendita mulher gaúcha
que sabe amar e querer!
Esposa e mãe, noiva e amante
que espera o guasca distante
e acaba por compreender
que a vida é um poço de mágoa
onde cada pingo d'água
só faz sofrer e sofrer.

(Antonio Augusto Fagundes)

Dia do Gaúcho


Hoje é dia do gaúcho
Pode esquecer do luxo
Apenas bota e bombacha
Com muita simplicidade
É o campo e a cidade
Festejando com alegria
É raiz, não é mania
É tradição de verdade

Acesso fogo de chão
Fartura de chimarrão
De a pé ou de a cavalo
Que importa é este embalo
Nos levando pra o passado
Não para
cantar saudade
Mas orgulho por esse Estado
Que criou homens de verdade
Este é o dia do gaúcho
Que
ama a sua terra
Do jeito que ela é
Sem ligar para o que falam
É muito grande o
sentimento
Que na minha alma eu trago
Estas vameras de gaita
É amor pelo meu pago

Postado pela Professora Elsa de Borba Candaten

Fonte arte vida

Fique atento


Quem passa em frente à casa de Simon Dale pode ter a impressão de estar em um cenário de filme épico ou começar a crer que seus novos vizinhos são hobbits – aqueles homenzinhos valentes de pés e orelhas grandes ao estilo O Senhor dos Anéis. Entretanto, trata-se apenas da residência ecologicamente correta de uma família comum no País de Gales.

Toda projetada e construída pelo próprio Simon com a ajuda de seu sogro, a moradia foi pensada com o intuito de amenizar os impactos da construção civil. “Mudamos para a casa quatro meses depois que comecei a construí-la, e tudo foi pensado para ser feito em benefício do meio ambiente” conta. “Além disso, é uma oportunidade única de viver bem próximo à natureza, coisa que amamos.”

Todos os materiais usados na empreitada são naturais ou têm a menor quantidade de elementos considerados nocivos ao já desgastado planeta. “É muito bom ser seu próprio arquiteto. Criar com liberdade não tem preço”, considera. Mais parecida com uma caverna adaptada à vida humana, a casa possui diversos compromissos com o meio ambiente, listados pelo próprio Simon. A estrutura foi escavada em uma ladeira segura, espécie de abrigo que evita poluição visual.

Além disso, seus muros e paredes foram feitos com pedras e lama provenientes da própria escavação. Um revestimento de palha isola as paredes, o chão e o telhado e garante temperatura amena tanto no frio como no calor. O cimento foi substituído pela cal, que é um material mais barato. Todos os ambientes são adaptados para a entrada da luz natural, e paineis solares garantem a energia que abastece a residência. A água é coletada de uma fonte natural no jardim e os banheiros contam com sistema de compostagem.

O projeto, liberado pelas autoridades galesas, está em expansão desde 2009, quando a família iniciou outras pequenas obras que fazem parte do projeto chamado Lammas – a primeira ecovila da Grã-Bretanha. Simon, que não é arquiteto, nem carpinteiro, considera que “para saber como maltratar o meio-ambiente da maneira menos dolorosa possível basta ser uma pessoa informada. É um tipo de construção acessível a todos.”

E dá o recado: “vivemos em uma sociedade muito dependente das fontes de energia de combustíveis fósseis e isso não é bom. Uma hora os suprimentos vão acabar. É hora da mudança.”


Postada pela colaboradora:Rubia Formentini

CURIOSIDADE

foto

"Era uma casa muito engraçada..."

Vinicius, A Casa.

Há uma especulação, de certa forma procedente, sobre a origem da música A Casa, de Vinícius de Moraes, grande amigo de Carlos Páez Vilaró, criador da Casapueblo. Durante recente entrevista concedida ao Globo Repórter Vilaró confidenciou que não sabe ao certo se a música foi inspirada em sua Casa ou se foi apenas fruto de uma brincadeira de Vinícius. No entanto, é certo que a casa é bem diferente, em nada lembrando as construções típicas uruguaias. Na beira de um penhasco e de frente para um pôr-do-sol maravilhoso, encanta quem a visita. Além da arquitetura é possível apreciar obras de arte e inclusive se hospedar no local, que em grande parte sedia um hotel.
"Casapueblo, é onde onde o artista plástico uruguai Carlos Páez Vilaró, conhecido e premiado no mundo inteiro, mora. Seu ateliê fica na parte mais alta da casa, que tem ainda um restaurante e um hotel. Esse obra arquitetônica nada convencional, localizada em Punta Ballena, há 15 km do centro de Punta del Este, começou a ser construída em 1958, a partir de um cômodo feito de latas. Mais tarde foi revestido com ripas de madeiras que vinham de navios naufragados. Anos depois o artista descobriu a receita que daria a cara e o estilo que a casa tem até hoje. Com cimento e cal, "pregou" uma espécie de tela de galinheiro nas paredes de madeira e pintou sua casa, feita toda à mão, de branco. A intenção foi dar contraste com o céu e o mar.
Vilaró se define como um "fazedor de coisas". Infiltra-se em todos os campos das artes plásticas que lhe chamam atenção. Já fez tapeçaria, pintura em mural, cerâmica, arquitetura, pintura e escultura. Tem uma ligação muito forte com o Brasil e uma forte influência africana em suas obras. Vilaró diz que quando visitou a Bahia, em 1956, encontrou a África inteira lá. Uruguaio, Vilaró acredita fazer parte do sol e diz que a arte e a vida são como um largo caminho cheio de portas que devem ser abertas para descobrir o que há por trás de cada uma. Para ele, sempre falta algo, sempre há portas para serem abertas.

Fonte: Folha On-Line
Postada pela colaboradora:Rubia Formentini